Ar

A poesia voa nas asas do vento
como tempestade boreal a colorir o papel;
Um céu de luzes, habitado pelos Anjos,
clareia a decepção dos escribas fracassados:
“O ar frio das noites setentrionais,
o ar tépido das tardes meridionais,
o ar tórrido das manhãs tropicais...”
não importam as luas e suas fases, 
tampouco o sol cálido, 
imutável criador...
As nuvens...
sim...
as nuvens são fadas em constante mutação
a desfilar seus idílios de novidade:
a poesia pousa, 
enfim, 
no aeródromo vegetal!