Ela e o Anjo.

Era noite

E a dor era tão dela

Quanto a noite era bela.

Era noite

E no quarto adentrou a solidão

Enquanto ela fazia uma oração

Era noite

E a angústia roubava o ar

Da mulher que só sabia amar.

Era noite

E só dormir a faria acalmar

Pois, só lhe restava sonhar.

Ainda era noite

Quando o vento afagou a face dela

Então ela viu um anjo na janela.

Ainda era noite

E o anjo em sua língua conversou

Ela o ouviu e discordar não ousou.

A madrugada já chegava

E o anjo ainda a consolava

A solidão se fora

A dor também sumira

Ele lhe mostrara belezas

Que ela não mais exergava.

A ternura angelical

Salvara naquela noite

A mulher que sofria

De solidão terminal.

Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 15/03/2008
Reeditado em 16/03/2008
Código do texto: T902625
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