O RETORNO

Vou até o berço que assimilei a infância.

Sinto o preço a pagar pela ânsia

e mergulho no quadro distante

do que já foi magia.

Mas tenho o instante do olhar que vigia

ao captar nos ombros a triste figura da rua,

que se posta em escombros para a alma nua

que sonhara regresso,

ao que estampa no que confesso

o desamparo que atua.

No seio da dor em excesso que flutua

nem as visões se guindam,

nem os esforços esviscerados findam

com a realidade que surte crua.

2006

Sítio de Poesia

www.alfredorossetti.com.br

ALFREDO ROSSETTI
Enviado por ALFREDO ROSSETTI em 20/01/2006
Código do texto: T101593