Saudade, saudade: vento que vai e vem

Saudade, vem e entra sem pedir licença.

Angustia nossas almas, em instantes

Umedece nossos olhos em rompantes

De lágrimas ardentes, pela lembrança

Ateada de tempos idos, distantes...,

Dos amores findos, dos sonhos..., da crença

Em um mundo igual, sem guerras mutilantes,

Sórdidas ambições ou qualquer doença.

Ah, saudade...teu nome sem tradução

Universal, a hora e idades ignora,

Desdenhas sexo, raça, religião,

Aloja-se neste coração, que chora

Dias queridos e soturnos vividos.

Em vento que vai e vem...diz: estamos vivos.

Regina SantAnna
Enviado por Regina SantAnna em 22/01/2006
Código do texto: T102265