Saudade, saudade: vento que vai e vem
Saudade, vem e entra sem pedir licença.
Angustia nossas almas, em instantes
Umedece nossos olhos em rompantes
De lágrimas ardentes, pela lembrança
Ateada de tempos idos, distantes...,
Dos amores findos, dos sonhos..., da crença
Em um mundo igual, sem guerras mutilantes,
Sórdidas ambições ou qualquer doença.
Ah, saudade...teu nome sem tradução
Universal, a hora e idades ignora,
Desdenhas sexo, raça, religião,
Aloja-se neste coração, que chora
Dias queridos e soturnos vividos.
Em vento que vai e vem...diz: estamos vivos.