**NA SALA DE ESTAR**

Um dedo sangra.

Quase só um corte,

não fosse a morte,

e o amor...

Uma gota vermelha

se espalha pela sala,

retiro meu adeus, amenizo

a dor dos olhos teus

Faz-se um rio de lembranças.

Não me esgoto, minha face sim

desbota: as maçãs do rosto.

coloco sal, depois açucar:

Desgosto de filha.

No seu rosto coloquei beijos

em feridas estranhas...

Depois sugo lentamente o

gosto do líquido...

Choro sem querer,

lambendo saudades da sala de

estar...

Você, não está...

(Pai...às vezes a saudade não tem nome, toma conta )

Beijos de amor eterno, da sua filha do meio...

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 01/07/2008
Reeditado em 11/03/2010
Código do texto: T1059829
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