AUSÊNCIA
À margem deste silencioso rio brilhante,
Cujas águas se misturam, em homogêneo,
À indescritível dor da alma pensante,
Deixo soltar um grito nada efêmero...
Pranteio lembrar-me de seu belo olhar:
Límpido, singelo e companheiro.
De tantos obstáculos vencidos e a lutar.
Éramos de primeira viagem marinheiros.
Ah! Foram poucos esses muitos anos!
Anos que me coroaste dum ouro fúlgido
E que vestiste de grandes encantos...
Ah! Que triste e incomum infortúnio!
Se assim permitido tivesse o céu,
Palavras mui afáveis ter-lhe-ia dito.
A perda tem o gosto absinto do fel.
A memória é bálsamo sobre o peito ferido...
À margem deste silencioso rio brilhante,
Cujas águas se misturam, em homogêneo,
À indescritível dor da alma pensante,
Deixo soltar um grito nada efêmero...
Pranteio lembrar-me de seu belo olhar:
Límpido, singelo e companheiro.
De tantos obstáculos vencidos e a lutar.
Éramos de primeira viagem marinheiros.
Ah! Foram poucos esses muitos anos!
Anos que me coroaste dum ouro fúlgido
E que vestiste de grandes encantos...
Ah! Que triste e incomum infortúnio!
Se assim permitido tivesse o céu,
Palavras mui afáveis ter-lhe-ia dito.
A perda tem o gosto absinto do fel.
A memória é bálsamo sobre o peito ferido...