Lágrimas

Olhar pela fresta da janela entreaberta

No espaço dos sentimentos retidos

Caem suavemente os respingos

Na boca desconcerta.

O tempo cinza escurece os desejos

A memória branda acalenta batuques

Os tambores aceleram lampejos

Relembrando corpos manduques.

A desfloração em árdua queda

Rompe o mito da imagem singela

E o fogo ardendo lança a labareda

Uma torrente de lágrimas agora segreda.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 05/07/2008
Reeditado em 05/07/2008
Código do texto: T1066297
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.