BRINQUEDOS
Todos os meus brinquedos de infância
Já havia deixado sobre a estrada
Como deixara a ingenuidade
Mas recolho-os agora com a ânsia
De quem recolhe as roupas na entrada
Ao ver se aproximar a tempestade
Pois foi na minha tenra e vã idade
Que usei-os com minh’alma preparada
Como quem usa a vida por ganância
Agora ao ver toda realidade
Sei que minha ilusão foi reprovada
Meus brinquedos... só usei-os na infância.