Moinho de vento

Sou aquele moinho de vento,

Abandonado...

Estou triste e sem alento,

Nesse meu sofrer dilacerado...

Em meio à solidão,

Num campo gramado...

Chorando de paixão,

Por não ser amado...

Não há vento do amor,

Não há movimento...

Minhas pás estão emperradas...

Não há vento... Não há sonhos...

Há uma alma desesperada!

Ela não fala... Esta a gritar:

Estou em ruína e assombrada!

O vento não vem mais me visitar...

Sopre vento... Sou um moinho...

Que precisa ser amada,

Que busca teu carinho...

É tu a fonte da minha energia...

Que faz eu me mover,

Motivo das minhas alegrias....

Não me deixe morrer!

Estou sem forças... Resta-me a destruição!

Não me faça sofrer...

Não sangra meu coração!

Sou o moinho de vento...

Que não te esqueço,

Sequer um momento...

Em lágrimas enlouqueço,

Minhas pás a ranger.

De tanta saudade,

Venha logo! Quero te ver!

Sentir você com suavidade,

Em minhas frias pás tocar!

Assim ficarei feliz de verdade...

Voltarei a me movimentar,

Isso é minha realidade!

Eu vivo a chorar!

Venha me trazer felicidade...

Aqui há um coração a te amar!