Canto Verde

Numa pousada em Porto Seguro

Deitada na rede seminua

Bailava no mar salgado a sedenta

Navegante sem rumo ao mundo

Apenas colo do amor simplicidade

Numa barraca, um picolé de coco saboreava

A boca beijava amava e se deitava

Os olhares desejosos de esperança

Fizeram livre a mulher morena que dança

Tão linda e branca tez serena, amena

Corria a fundo em busca da felicidade

O rio era de frente para o mar azul

O céu encontrava-se em seus olhos de lua

Ela era sempre tão sua e rua passagem

Frente às descobertas havia um canto verde

Esse canto vagueia nas suas lembranças

A Morena de Trancoso vigia a noite estrelada

A vida passa, o tempo voa, a menina mulher

É criança e balança amada

Nas águas desse mar foi-se embora de navio

E alcança tranquilamente o outro lado

O mundo novo que hoje lhe dá arrepios

Comove, mareia os olhos e amanhece

Em busca do canto verde da eternidade

Ps.: Dedico a Pousada que dei o nome "Canto Verde" em Trancoso, Porto Seguro, Bahia.

Diana Balis
Enviado por Diana Balis em 02/08/2008
Reeditado em 02/08/2008
Código do texto: T1109702
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.