Saudade incontida...

Tão poucos dias nos separam...

Mas parecem anos de esperas

Pela tua presença, aqui e agora!

Minha amada que partiu mundo afora...

Saudade do gesto... Da palavra amiga que aflora

Ah! Como me faz falta o riso... Que foi embora

Anseio inquieto por qualquer de teus avisos

Rebobino a tua imagem... Tuas traquinagens

Tudo aqui se fez vazio... Após a tua viagem

Estou mutilado... Meio sem coragem

Imobilizado... Inerte... Desconsolado

Nem suspeitava... Ou sequer imaginava

O tanto quanto eu te amava

Estou faminto... Sedento de notícias

Engulo as horas... Revolvo a cachola

Sofro uma saudade louca... Moleca

Devolva a minha paz... Menina sapeca

Mate esta tristeza e reponha a alegria

O ar de meus pulmões... Minha emoção...

Tomara que chegues logo... Doce paixão!

Não suporto e sufoco com a tua ausência

Nem sei mais o que faço... Estou qual bagaço

Espero que retorne logo... Alivia este cansaço

Quero meu ‘eu’ de volta... Aqui neste pedaço

Será que você sente o mesmo por este moço?

Ou vai ver já me esqueceu e trocou por outro...

Nem se lembra mais das juras de amor eterno

Dos nossos versos trocados madrugada afora

Na boca calada e silenciosa das noites enluaradas

Ouvindo os acordes das nossas vozes roucas

Acompanhadas só pelas músicas e canções

Enquanto versávamos poemas e orações

Então... Venha aquietar as minhas pulsações...

Continuo e serei sempre teu em devoção

Aos teus pés quero ouvir uma declaração

Para que eu saiba que é meu o teu coração

E se os versos não te agradaram... Você é a culpada!

Quem mandou levar junto contigo a minha inspiração?

Hildebrando Menezes

Nota: Em homenagem à água que passarinho não bebe (Risos).

Navegando Amor
Enviado por Navegando Amor em 08/08/2008
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