O tempo não demora
Pudera eu, vivo barro de Adão
Vir teus braços me chamando, lindos!
Mas são longe como escuma alva
Dos mares e areia infindos
E as madeixas curtas, obscenas!
Alvitres amargos num sonho de mel
De morrer-me no colo da minha melena
Mas ‘inda os sonhos são favos de mel
Ah! Minha moça tão alvinha
Me espera, me namora quietinha
No relógio o tempo não demora
Abre tua porta, chego ‘inda agora.