Que mundo é esse...

Sentir a falta de alguém não é sinal de carência.

Carência é precisar de alguém bem mais que alguém, e mesmo rodiado de pessoas, não encontrar ninguém.

É despertar logo cedo e já pela manhã, se lembrar de que você não tem verdadeiros amigos.

É querer dialogar com quem não sabe te ouvir, não te compreende e nem ao menos percebe o som das suas lágrimas caindo.

O mais lamentável da vida, é quando enxergamos o nosso ponto de partida como um grande incentivo para o fim.

É olhar ao seu redor e não encontrar alguém que possa seguir do seu lado, lado a lado, independente da direção dos seus passos ou a lentidão do seu caminhar.

Pensei que a vida era bem mais fácil, nunca imaginei que existissem tantos obstáculos assim.

Pois, confiamos em alguém, nos entregamos sem medo de nos machucar e em troca só recebemos desilusão, traição e quase sempre um abandono desordenado.

Sorrimos por encontrar uma pessoa que chega em nossa vida quando mais precisamos, mas, em seguida, ou ,como preço a ser pago pelo sorriso, vem as lágrimas por nos entregarmos sem maldade, sem a intenção de magoar alguém.

Que mundo é esse que até nossos próprios atos nos conduzem a derrota?

Que viver é esse que não somos avisados de quando teremos que partir...que deixar de existir?

Até mesmo amar alguém tem um preço a ser pago, a nos ser condenado.

Se amamos pouco, somos covardes, e se amamos demais, pedimos para sofrer. Por quê?

Quando tudo terminar, em que sentido seremos privilegiados? Seremos beneficiados por tanta crueldade?

Não!Acho que não, desse modo não chegaremos ao fim, já estamos a beira do abismo, e mesmo que ainda não tenhamos percebido...o tempo está passando, e levando com ele todas as chances que teríamos de ser feliz.