O ETERNO

Não há amor que perdure mais do que dure

Em outrora me prendia entre suas coxas, me amava de maneira incondicional com seus beijos molhados, seu corpo quente, e com seus braços me prendia junto ao seu seio, declarávamos juras de amor que se eternizavam em nossas palavras, o universo era apenas aquele quarto e se limitava em suas paredes, os olhos hora se abriam para apreciar a beleza do momento, hora se fechavam para saborear o prazer da carne, amávamos de maneira deliciosa com suspiros, beijos e suaves palavras para preservar todo aquele momento.

Mas como não há amor que perdure mais do que dure, e o eterno e efêmero, pois a vida e um suave sopro que muda de direção, as coisas que eram, não são mais, o beijo já não e o mesmo, os desejos são esquecidos pela força incontestável do passar, os caminhos se abrem e algo que as vezes não nos agrada, que o chamam de destino dita o rumo, as regras e os pesares.

Quem dera pudesse provar o néctar insólito do eterno ao lado dela, seria provar uma mistura de tons, sabores, cheiros, caricias e prazeres, seria embriagar a alma com o licor mais doce que o homem nunca provou, séria dormir sobre a pluma mais macia e acordar sob o sol mais radiante , com risos contagiantes e caricias doce, e beijos molhados.

Ah, seus beijos molhados, serão eternizados enquanto durar viva a memória, pena que tão curta e a memória diante do eterno.