Que o vento te traga.
Eis-me aqui oh pedra da beira do mar nascente,
Acaso vêrtes tú as lagrimas oceânicas que de mim escorrem?
Lembranças desvairadas e metafóricas,
Arrebata a minh’alma e me leva pra longe.
Poderia eu declarar versos de amor para ti ó mar valente?
Tempestade irada que me arrasta para o desconhecido,
Misteriosa é a sua canção sinfônica,
Mas tormentosa é a noite silenciosa que te escondes.
Entre os versos e reversos minuciosa ardente,
Eis o forte vento da alvorada,
Estais lisonjeiramente bela,
Oh donzela mais que amada.
Cai à noite e o dia se vai,
Cantam as estrelas
E as aves se espalham
E já não cantam mais.
Venhas tu pra onde estou,
Vindes e a darei todo o meu amor,
Venha oh pedra do mar nascente,
Venha o grande mar valente.