Matar a Saudade
Do que é feita a saudade
A que sabor se comparará
De seu paladar insosso
Ou será como água de poço
Quanto mais se mata ela há de brotar
Pode ser que dela a cura há de surgir
Quem sabe se o amor não partir
Dos beijos existirem aos milhares
Dos abraços minh’alma não escape
Ou quem sabe do meu coração
O amor se aposse e venha morar
E cativo lar irá tornar
Será da lembrança a saudade nutrida
Se ligados coração e mente
Jamais esquecido o amor será
Quisera não precisar da saudade
Preferiria tê-lo constante
Ainda que na mente vivo e latente
No coração será sempre pulsante
Esse amor, que escorre pela veia
Como ar em meus pulmões
Então será saudade certeza
De que mesmo invisível aos olhos
Habita em meu íntimo meu amor
De esperança se trata os suspiros sentidos
Ameniza a saudade que maltrata
Espero no portão, vestida de festa
O amor a chegar com flores e brilho no olhar.
Beijos doces a presentear, abraços apertados a enlaçar
Em nosso ninho a saudade matar.