Náufrago 
 
Ah, onde será que deixei
aquela saudade doída
que tanto me fez sofrer
noite e dia sem parar?.
..
 
 
Ainda guardo doces recordações daquela tarde
O sol tingia de bordado as nuvens do céu
Éramos um só coração a caminhar entre as flores
E Você era minha ternura e meu doce mel.
 
A felicidade acompanhava nossos passos
Em todos os cantos reinava a alegria
Havia muito amor, eram tantos os laços
E entre os abraços, uma suave sinfonia.
 
Tudo agora ficou tão distante
Não há mais tardes como aquela
Você deixou uma saudade lancinante
Neste navio naufragado, sem porto, sem vela...
 
          Cravinhos, 24 de janeiro de 2009.