A Volta
Qual pomba mensageira
Que vai e volta, ela também
Fazia seu trajeto, e eu feliz
Pensava que o ir e vir
Era parte de sua natureza.
Assim, feliz, vivi na minha aldeia
Colhendo os frutos que meu trabalho dava,
Sem pensar nos percalços da estrada
Que ela, em seu afã,
Rotineiramente, percorria.
Naquele dia, o tempo afrouxou;
Passava lento, sem se prever o fim.
Eu aguardava ansiosamente;
Mas ela não veio;
Nunca mais voltou!