Meu ser essencial

Meu ser essencial, que te perdi

No esquecimento, no eco do vento

Em maré alta, ansiosa de ti

No tremor das folhas, em lamento…

Ainda ouço o mar do meu caos

Em todas as coisas que me olham

Me afogam e afundam; e, vejo naus

Ao longe que em adeus me calam…

Nunca mais, esta boca, nunca mais

Dirá de ti, o que não disse, devendo

Em fuga pelo vão de meus plurais

Ocasos breves, assim, desvanecendo…

E tudo sem razão, mesmo querendo…