LIRIO MORTO

Mais uma preciosidade deixada pelo nosso querido Cônego Ernesto Almirio Arantes, que com este poema prestou uma homenagem ao seu amigo Antônio Soares de Carvalho, (de São Jose dos Campos) pela passagem da sua filhinha, dessa para outra vida. Cônego Ernesto também já se foi para a casa do Pai, certamente lá, ele encontrou este anjinho que lhe inspirou esta triste mas, singela poesia.

LIRIO MORTO

Cônego Ernesto A. Arantes

Ela morreu tão cedo,à flor dos anos,

longe do pai, longe da mãe, coitada,

sem conhecer do mundo quase nada,

sem conhecer do mundo os desenganos.

Hora do enterro. Fui. Fiz a jornada

tristonho e pensativo. Entre alvos panos

vi-a dormindo. Ao lado os seus enganos

também dormia junto à flor cortada!

O cortejo pomposo, mas funério,

foi caminhando para o cemitério,

ao canto triste do meu desconforto!

Enquanto o corpo à terra ia baixando,

uma chuva do céu ia orvalhando

o corpo inerte deste "LIRIO MORTO"

Menestrel do Amor
Enviado por Menestrel do Amor em 27/02/2009
Código do texto: T1461003