INEBRIADA DE SAUDADES

Amores desecados
Sopros inquietos da alma
Me afogaram nas lembranças
Deslizei nos pensamentos
E planei no ar
Bailei na lua
Numa nuvem cálida
Aterrizei
Ví o sol envaidecido
Lá no poente,felicitando as flores
Já gargalha a noite
E a lua atrevida,aparece
Vento varre estrelas
Logo o céu se pinta de brilho
Surgi a primavera
Flores perfumando o ar
Vagalume vagando
cigarras cantando
Eu,perdida no teu cheiro
Que me açoita
Me invade a calma
E inebriante
Adentra na minha saudade
E me faz chover em lágrimas.



FATIMA CASTRO
05/04/2009