AUSÊNCIAS

Estas ausências dos "de repente"

Que de vez em quando batem a nossa porta

Que vez por outra vem nos assutar

Estas ausências que o coração sente

Que chegam quando mais precisamos ter

O que se ausenta do nosso caminhar

Estas ausências que nos surpreendem

Chegam de sobressalto, nos intimidam

Invadem, sem pedir lugar

Estas ausências que preenchem o peito

Provocando uma saudade absurda

Semeando uma solidão vulgar

Estas ausências que por vezes mentem

Instalando pensamentos errôneos

Que estão sempre onde não deveriam estar

Estas ausências sempre necessárias

Que não deveriam sequer existir

Que bem poderiam menos atormentar

Estas ausências, mudas delinquentes

Que de tanto virem sufocam a gente

Que tanta saudade vem nos colocar

Estas ausências que nos fazem ver

O real valor, a real semente

Da pessoa que veio a se ausentar

Estas ausências, frias, de neblinas

Que puxam as lágrimas insistentemente

Que apertam o peito, sem menor pesar!

14 de abril de 2009 - 23:07hs

Magna Eugênia
Enviado por Magna Eugênia em 14/04/2009
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