BORDAS DE SAL*

Hoje o copo transborda

e a borda é de sal.

Salta um ar pela boca

trinca o som em cristal.

E o corpo recorda

essas bolhas perdidas.

Esse olhar de paragem

nas retinas contidas.

E o tempo declama:

depois demora,

logo sossega,

depois derrama.

É que a mão segura

mais porque transpira.

E o tempo é bolha..

E o vento é folha...

E o amor é mirra...

LuciAne

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Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 19/04/2009
Código do texto: T1547480
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