Duvido

Duvido que da serena noite que a ti cobre,

Ressalte o orvalho que eu expiro.

Duvido que da boca que eu beijei,

ainda tenha o favo de mel que aí existia.

E ainda duvido, que teu corpo permaneça o mesmo

depois que eu deixei de afagá-lo.

De ti, o que restou de mim,

Foi quase um nada,

Mas um nada tão grande, que ninguém perceberá

que um dia foste minha.

Pois, dos doces traços que existiam em teu rosto

Só restou a expressão.

Expressão de quem um dia conheceu a felicidade

e nunca,jamais, poderá tê-la novamente.

Pois minha ex-amada,

A felicidade passou

E você, abriu a porta para ela sair.