Poesia L
Com a dor que vem a petrificar-me
A cada instante que te encontro
Com a saudade que me invade o peito
Chega versos tristes, em estrondo
O que há de matar-me amor,
Senão esse sentimento que tens pela outra?
A outra de cabeça vermelha e olhar atento.
Outra por ti, completamente louca.
E assim, vou trilhando essas linhas,
De versos doloridos e esparsos.
Descrevendo dores minhas.
Não lembres de mim como alguém frágil
De olhos tristes, vagos.
Mas lembre-se da pele macia que te acobertou.
Que fez soltar de ti
Cada gemido suspirado
E foi naquele suspiro que te possuí,
Tão meu naquele momento!
Algo que ninguém tirará de mim.
Algo que será, para sempre, meu tormento.