A Árvore Centenária.

Tamarineiro velhinho

Sabes tudo do meu Ser

Desde ainda pequenina

Sonhava um dia eu poder

Subir lá bem nas pontinhas

Dos galhos e os frutos comer.

Crescendo sempre a seu lado

Eu contemplava a beleza

Os sussurros dos amados

Juras de amor com certeza.

Tua copa era o bailado

Mais belo da Natureza.

Com folhas bem pequeninas

De tronco resplendoroso

Os frutos ainda azedinhos

Era um banquete gostoso.

Quando chegava a noitinha

Era um tremendo alvoroço.

Sendo a árvore do amor

Por abrigar os casais

Quanta lágrima de dor

Ou términos de amor fatais.

Muita lembrança guardou

Carinhos bem sensuais.

Na praça central estás

Fraquinho já Centenário

Mas, como eu segue atrás

De alguém que se compraz

Dando vida a pouca vida

Abraços de amor e paz.

Bem sei meu Tamarineiro

Sentes falta do carinho

Da festa do Padroeiro

Tantos fiéis a caminho

Tu és o lindo sombreiro

Meu beijo TAMARINEIRO!

Goretti Albuquerque.