NÃO CONSIGO TE ESQUECER
NALDOVELHO
Trago em meus pertences,
cicatrizes, camuflagens,
vestígios de estiagem,
madrugadas tatuadas,
cheiro de erva queimada,
muito frio, pouca roupa,
algum dinheiro, coisa pouca,
e uma lua presepeira
que não permite o amanhecer.
Trago em segredo,
alguns poemas, coisa à toa,
registro dos meus passos,
linhas que eu mesmo traço,
e que embora ainda me doam,
eu teimo em escrever.
Trago há tempos, inoculado,
o veneno que eu temo,
inquietudes tão urgentes
que circulam impunemente
toda a vez que a saudade
traz de volta o teu perfume.
Trago enfim muita saudade
que por mais que o tempo voe,
não desgruda e me alucina,
pois teu rosto de menina
ainda mora em meus sonhos
e por mais que eu queira e tente,
não consigo te esquecer.
NALDOVELHO
Trago em meus pertences,
cicatrizes, camuflagens,
vestígios de estiagem,
madrugadas tatuadas,
cheiro de erva queimada,
muito frio, pouca roupa,
algum dinheiro, coisa pouca,
e uma lua presepeira
que não permite o amanhecer.
Trago em segredo,
alguns poemas, coisa à toa,
registro dos meus passos,
linhas que eu mesmo traço,
e que embora ainda me doam,
eu teimo em escrever.
Trago há tempos, inoculado,
o veneno que eu temo,
inquietudes tão urgentes
que circulam impunemente
toda a vez que a saudade
traz de volta o teu perfume.
Trago enfim muita saudade
que por mais que o tempo voe,
não desgruda e me alucina,
pois teu rosto de menina
ainda mora em meus sonhos
e por mais que eu queira e tente,
não consigo te esquecer.