Meu tempo

Sou de um tempo onde as flores eram mais

coloridas e seu perfume de intenso odor.

Onde o amor era mais sincero e a

felicidade par constante de meus dias.

De um tempo em que não me preocupava

com o tempo, pois havia muito tempo.

Que as amizades eram cultivadas no seio

da confiança e partilhadas de forma real e serena.

Sou do tempo onde o romantismo era

cultuado como virtude primeira, os homens,

gentis, ainda mandavam flores e bilhetes

com cheiro bom de colônia.

Tempo em que a lua era mais brilhante e

meus olhos refletiam a paz que os corações

de apaixonados amantes ecoava intensamente.

Época de serenatas ao som de violões e

vozes cantantes, carregadas da emoção

que fluía de almas e amores.

Ainda não perdi a poesia de tempos tão passados,

mas confesso viver a nostalgia da remota

realidade na fantasia de desejos

outrora experimentados.

Meu coração, ferido pelas adversidades de

amores incompreendidos, já não bate

tão harmonioso, apenas cansado.

A alma acompanha seu ritmo dissonante

tentando absorver feito gota d’água o

que ainda resta de sentimento.

Sou do tempo distante, da certeza de ter

conhecido e perdido você no mesmo instante.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 04/06/2009
Código do texto: T1631848
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.