Vigília

Jazia alta madrugada

O silêncio ensurdecedor

Quebrará-se de repente

Ouvi gritos, mas não de dor

O co-réu da insônia não trazia horror

Saltitei sobre o leito incomodo

Senti-me lívido por um tempo

Não me atrevi ver o importuno

Em verdade, receie a descoberta

Esperava-a sorrindo. E temi não vê-la!

Rolei-me sob o frio d`aurora

A angustia tirou-me o sono

Aflito, punir-me. Clamei seu nome

Busquei o toque, o beijo, o perfume...

Queria tê-la em meus braços, completa, nua!

Tudo em vão!... Nada enfim ao fim do alvorecer. Continuei só!...

Sem você, sem a que não quero, sem horizontes pra ir

Morto-vivo é o que sou agora porque não queres voltar

Alguém assim que não bebe, não come, pouco ainda respira.

Mas que... Em cada aspiração, ainda busca te amar!...