LAMENTOS ESQUECIDOS NO COMPASSO DA SAUDADE
Os tambores da consciência ecoando,ecoando
Os soluços da chuva chamando, uivando
A estridência alucinada dos sopros chorando
Adeus, adeus, saudade indo embora
O riso das pedras balançando-se no ar
As maçanetas retorcidas e velhas batendo
no passo cadente dos muros esfarrapados.
Adeus, adeus, passado vai embora
Não tornes a voltar por esses caminhos
Não tragas recordações há tanto esquecidas
Limita teu compasso aos dias seguintes
e deixa correr esses lamentos saudosos.
Junho de 1977.