Menininha Vanda

É estranho que eu pense

Em momentos como assim

Que esqueceste de mim!

Sou algo que te pertence

Toma tento Menininha

Que a consistência minha

Não se perde, não se vence.

É que tanto tempo eu

Quedo nesse vira-e-mexe...

‘stou pior que um lacambeche

Que até o tempo esqueceu

Mas eu tenho meus cuidados

Tenho escondido uns guardados

Que Alzheimer não corroeu

Eu fico bem à vontade

Pra te contar, num repente

Que sinto é “falta da gente”,

Nós dois, em normalidade.

Sei, não é esquecimento.

Quando muito é “passamento”

Enquanto, em mim, é saudade

E a saudade é um travesseiro

Pra descansar a cabeça

E garantir que eu não perca

Nem nunca teu paradeiro

Pois trago a mente adrede.

Porque, se o momento pede...

Eu quero sacar primeiro!

Cesare Costalis
Enviado por Cesare Costalis em 25/06/2009
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