Menininha Vanda
É estranho que eu pense
Em momentos como assim
Que esqueceste de mim!
Sou algo que te pertence
Toma tento Menininha
Que a consistência minha
Não se perde, não se vence.
É que tanto tempo eu
Quedo nesse vira-e-mexe...
‘stou pior que um lacambeche
Que até o tempo esqueceu
Mas eu tenho meus cuidados
Tenho escondido uns guardados
Que Alzheimer não corroeu
Eu fico bem à vontade
Pra te contar, num repente
Que sinto é “falta da gente”,
Nós dois, em normalidade.
Sei, não é esquecimento.
Quando muito é “passamento”
Enquanto, em mim, é saudade
E a saudade é um travesseiro
Pra descansar a cabeça
E garantir que eu não perca
Nem nunca teu paradeiro
Pois trago a mente adrede.
Porque, se o momento pede...
Eu quero sacar primeiro!