A ÁRVORE

Autor: Sonia Maria Aparecida de Oliveira Baldo

Menina moça eu tambem fui

E agora fico a recordar.

Cafezal cobrindo em flor

E meu pai a capinar.

Marmita quente na sacolinha

Que ele chamava de "bornar".

Oh, saudade do meu veínho.

Será que um dia vou te encontrar?

A lembrança veio em mente

E a saudade a machucar,

Meu coração ainda te ama

E por isso estou a chorar.

Lembro-me daquela casinha

Onde na minha infancia fomos morar,

Lembro-me daquela arvore

Onde os passaros iam cantar.

Grande arvore era aquela

Que nem o tronco dava para abraçar

Embaixo de sua sombra

Om compadre a conversar.

Um dia desses retornando

Na colonia fui passear,

Vi a casinha destelhada

E a arvore fizeram cortar.

Ah como doi essa saudade

Que o meu pai deixou ficar,

Pois nem mesmo aquela arvore

Existe naquele lugar.

É dura a realidade,

É dificil de aceitar.

Tudo passa nesta vida,

Até a lembrança pode acabar...

Publicada no livro "CAMINHO DOS SENTIMENTOS" - pela Editora In House, de Jundiaí - pg 08 - em 18 de outubro de 2008, da Associação dos Escritores e Artistas de Louveira - AEAL.

AEAL
Enviado por AEAL em 06/07/2009
Reeditado em 06/07/2009
Código do texto: T1685105