Olho a chuva que cai,
E cada pingo que vejo,
Encanta-me os ohos,
E lembro de mim criança.

Entristece-me o coração,
Pois vejo gente sofrida,
Cantando uma canção,
Que me toca o coração.

Vi esta cena quando criança,
Como me vem nas lembranças,
Trazendo saudade e tristeza
Do meu tempo de criança.

A saudade me dói e choro,
Ao lembrar que brincava,
Na rua e pulava nas poças,
Da água que ficava da chuva..

Quando criança, em sobral,
Vi o rio ir ao centro, sempre,
Pois ele corria calmamente,
Em direção as ruas e praças.

Sobral, berço do rio acaraú,
Berço de uma criança feliz.
Que fazia arruaças na rua,
Toda vez que a chuva caia.

Hoje , o passado é presente,
Vendo o mesmo sofrimento,
Desta gente sofrida, infeliz,
Ao abandonar suas casas.

Noite escura sem brilhos,
Só água no céu e no chão,
Deixam tristes meus olhos,
Que nada veem na escuridão.

De um lado os necessitados,
Do outro, o beira rio alagado.
Se vê tristeza, gente chorando,
Por ter que abandonar o lar.

É triste vê um irmão sofrendo.
Também um tesouro em milhões!
Alagado, debaixo de tanta água,
Mas isso o povo não reclama, é fato!

Museu, biblioteca, barracas, ruas,
Restaurante, área de lazer, casas,
A água irreverente,vai em frente,
Sem consultar nada a ninguém.

Saiu a passear rumo a cidade,
Alagando seu maior investimento,
Avisando aos políticos e ao o povo
Que com a natureza não se brinca.

fama
29-04-09












fama
Enviado por fama em 08/07/2009
Reeditado em 15/09/2009
Código do texto: T1688993
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.