"Amarga"
É chegada a hora eu bem sei
Todas as roupas eu queimarei
Nenhuma bôrra de sangue ou fel
Apenas morte espreitando atroz
Aguardo o exato momento sereno
Arrebatada serei no meu veneno
Sobrarão as lembranças cortadas
Símbolos doloridos tão voláteis
O coração rachado embala na vêia
A bôca suspira permeando a morte
No peito a ferida do aberto corte
Escancarado gangrena deserto e crú
Teias e aranhas e presságio final
Nem lembro mais do que soou viril
Pois tudo que sonhara agora é vil.