AS HORAS

As horas passam inconstantes

As vezes lentas, as vezes num instante

Quando mais queremos não as temos

E quando temos, não queremos

É um turbilhar louco

Que nos controla, nos instiga

As vezes nossa grande parceira

As vezes imbatível inimiga

E mesmo assim desregulada

Nos leva com ela amordaçados

Desta carrasca somos escravos

A ela estamos acorrentados

E como se não bastasse

Assim se passa nossa trajetória

Deixando os passos da saudade

E o flash-back em nossa memória

Mesmo assim são uma boa companhia

Nos dão momentos bons, avassaladores

E ainda grava de um a um

Como filmes encantadores

São filmes de comédia, de ação

Romance, drama, emoção

Documentário, suspense

Todos com perfeita produção

Operárias que não tem descanso

E quando descansamos continuam lá

Dando nossos sonhos como propagandas

Para enterter e nos motivar

São estas as horas sem desenho certo

Sem rimas que possam seu alvo atingir

Sem estrutura que possa lhe abarcar

Por isso o que poetiso, só deixei fluir

São minha cantiga, música agradável

Que toca e toca sem detenção

As vezes valsa se arrastando tanto

As vezes um rock bem pesadão

Não sei definir, não sei explicar

O que estas horas podem transparecer

Só sei que são minhas, quero que durem

Pois elas estendem todo o meu viver.

Magna : 20 de agosto de 2009 as 22 hs

Magna Eugênia
Enviado por Magna Eugênia em 21/08/2009
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