QUEM DIRIA

Quem diria...

que de tão pouco se faria tanto

que d’alegria sobraria o pranto

que a desilusão cobriria o encanto?...

Quem diria...

que o dia, a noite e o outro dia

tão rápido se fundiria

e nunca mais, nunca mais passaria?...

Quem diria...

que o que era bom maltrataria

que o que não era sufocaria,

que o meio-termo venceria?...

Quem diria...

que haveria cura para o “bom demais”

que não seria loucura acreditar no tempo

que leva como o vento tudo que traz?...

Pois é, mas quem diria...

que ficaria tudo sem graça

não pelo tempo que passa,

não pelo que restou;

mas, pura e simplesmente,

por tudo aquilo que a gente

deixou passar... e não passou!

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 23/06/2006
Reeditado em 03/04/2010
Código do texto: T180962
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