Saudades de Nilza
A morte quando chega
Não avisa
Simplesmente vem e leva
Feito é feito a brisa
A morte quando leva
Não quer saber quem fica
A tristeza invade a alma
E quem com ela brinca?
A morte é má
Ela mata e não é presa
Ela vem de mansinho
E pega sempre de surpresa
Eu tenho medo da morte
E sei que um dia ela virá
Não terei como
Dela me livrá
E não quero que ela venha cedo
Quanto mais tarde ela chegar
Melhor para mim será
Viverei tudo de bom se nela ter que pensar
Ela levou semana passada
Nilza Florinda Bretas
E sei que logo ela volta
E entra pelas gretas
Saudades de quem nem se quer
Pude ao menos conviver
Pois a vida é assim
E nem sempre é fácil entender
Nilza a vó da minha esposa