LA DULCE VITA
Não sou homem deste tempo,
Nem tampouco pertenço ao futuro.
Não estou preso ao passado,
Mas ainda assim
Está mais próximo do que procuro
Não sou homem de prever o amanhã,
Nem tampouco vivo de memórias
Mas me sinto triste, do que não volta mais
Quando lembro das histórias,
Que as novas gerações, não verão jamais!
Não sou homem deste tempo,
Nem tampouco pertenço ao futuro.
O que passou... passou
A vida, não volta atrás
O que se perdeu, no tempo ficou
Vivi mais qualquer dia,
Que daquele tempo restou
Do que minha vida inteira
Não trago comigo a melancolia
Mas um pequeno riacho nas montanhas
Sob a sombra de uma paineira
Me agrada mais do que o mar
Imaginei um futuro melhor
Que pudesse meus netos inspirar
As coisas boas daquele tempo
Que não consigo parar de imaginar
No vento do outono, ou no frio do inverno
O sol que escondia seu brilho
Fazia o seu caminho eterno
Na sua curta viagem pelo céu
Nos clubes ou salões
Os homens em ternos alinhados
Às mulheres formosas tiravam o chapéu
Filhos bem criados, educados
Ao som das mais belas canções
Tiravam as moças graciosas para dançar
Não eram músicas...
Eram poesias
Cantadas aos corações
Não sou homem deste tempo,
Nem tampouco pertenço ao futuro.
Não estou preso ao passado,
Só quero ouvir a música
Pensando na doce vida
Que ainda me espera do outro lado