DAMA OU VAGABUNDA

Que saudade daquela carona

Foi a minha única transa no carro

Tudo apertado, apressado

Corpos suados,

Desejos incontrolados

Toques íntimos, desatino

Mãos ávidas e ousadas

Roupas arrancadas, rasgadas

Espalhadas no banco traseiro

Tudo muito ligeiro

No ar, um cheiro de amor e sexo

Frente e verso, reverso

Pura excitação, tentação, ousadia

Orgasmos múltiplos que arrepiam

E dão aquele frio na coluna

Orgasmo que sonhava e sempre quis

E naquele frenesi

Esqueci que era uma dama

E me senti vadia e vagabunda

Mas infinitamente feliz.

Jose Augusto Cavalcante
Enviado por Jose Augusto Cavalcante em 08/10/2009
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