DESATINO
 
Sou corpo vagando à deriva
buscando um cais impossível!
Sou água barrenta represada
num obstáculo invisível...
 
Sou o ápice do desatino!
Pensamentos volitam dispersos
acorrentados num só tempo
onde não há magia nos versos.
 
Sou alma vagante sem destino
sangrando suas perdas e dores.
Ora sou apenas poeira do deserto
cavando chão em busca de flores!
 
Neste coração contrito-inquieto
trago sentimentos retalhados...
Emoções choram suas saudades
num olhar seco, sempre calado...
 
Sou tempo sem tons de ilusões,
meu sonho tem asa partida...
Sou o ontem em preto e branco
desbotando a aquarela da vida...
 
 
05/12/2008
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 11/10/2009
Reeditado em 25/06/2011
Código do texto: T1859734