Saudade, amor que fica...
A roda d’água da vida parece brincar com sentimentos.
Em suas voltas acompanham-nos pessoas que tornam mais interessante seu giro.
São pais, irmãos, avós, primos, vizinhos, amigos, colegas, amores, seres tão estranhamente importantes como porções, engrenagens nossas.
As águas do tempo cerceiam algumas dessas pessoas de nosso convívio, somos preenchidos de lágrimas e desaguamos junto ao curso da existência.
Cada lágrima aumenta o volume de nossa maturidade, crescemos ainda que fragilizados pela carência dessa peça em nosso coração.
Aprendemos com os movimentos de alta e baixa de nossa roda, vida, que ao amarmos podemos reter essa pessoa em sorrisos, guardá-la em nosso íntimo.
Com pequenas gostas de saudades, sorrindo com os olhos podemos soltá-las preservando em nossa memória essa forma de amor...
...saudade é o amor que fica, quando as águas já se foram.