Meu Sítio meu Sabiá

MEU SÍTIO MEU SABIÁ

Lá na roça, nos tempos de criança,

Lá no sítio quanta lembrança,

Município do interior,

Lembro-me do pomar,

Das mangueiras, abacateiros,

Da jabuticabeira e da goiabeira,

Do laranjal e do pé de carambola,

Aquela casinha de João-de-barro,

Lá no galho da paineira,

E lembro do sabiá laranjeira,

Que todo ano chocava

Lá no galho do abacateiro,

Comia os abacates e mangas,

Que caíam de maduras,

E quando tinha filhotes,

Ficava bravo que só vendo,

Para defender seus filhinhos,

Lembro-me como ele acordava-me,

E a tardinha quando cantava,

Parecia dizendo boa noite,

É só a saudade que dói.

O Poeta da Solidão

O Poeta da Solidão
Enviado por O Poeta da Solidão em 24/11/2009
Código do texto: T1940713
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