POR DO SOL NO SERTÃO
Dentro de mim estala uma centelha.
Lume do por do sol
e assobio do vento na orelha.
É baunilha, minha retina,
sombreando os gravetos negros
da última estiagem.
Nesse quadro bicolor
de muitas sinas.
Tudo o mais é silêncio,
contornando a saudade,
que em meu peito é safra farta!
Nascida do barro do meu sertão,
da castanha, do mel de engenho,
e da farinha branca lá do meu quinhão!
Carrego as lembranças atadas
ao meu olhar de pasto derramado.
(Suspiro)... ê saudade!