POR DO SOL NO SERTÃO

Dentro de mim estala uma centelha.

Lume do por do sol

e assobio do vento na orelha.

É baunilha, minha retina,

sombreando os gravetos negros

da última estiagem.

Nesse quadro bicolor

de muitas sinas.

Tudo o mais é silêncio,

contornando a saudade,

que em meu peito é safra farta!

Nascida do barro do meu sertão,

da castanha, do mel de engenho,

e da farinha branca lá do meu quinhão!

Carrego as lembranças atadas

ao meu olhar de pasto derramado.

(Suspiro)... ê saudade!

Gladys
Enviado por Gladys em 25/11/2009
Reeditado em 28/09/2010
Código do texto: T1943331
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