SAUDADE DESESPERADA
Eu miúdo na cama imensa
Ouvindo meu coração opresso bater
Turbilhão de pensamentos
Lágrimas
Voa lenta a noite insone
O corpo não descansa
Os olhos que não fecham
Antes de partir
Devias ter cravado fundo
Uma adaga afiada
Em meu peito submisso
Mas deixaste-me
Sem gritos
Sem tapas
Sem adeus
Agora que não sei onde andas
A solidão
É minha companheira inseparável
E a poesia
Meu único consolo desesperado
Acho que já esqueci
Como sorrir...