SAUDADE DESESPERADA

Eu miúdo na cama imensa

Ouvindo meu coração opresso bater

Turbilhão de pensamentos

Lágrimas

Voa lenta a noite insone

O corpo não descansa

Os olhos que não fecham

Antes de partir

Devias ter cravado fundo

Uma adaga afiada

Em meu peito submisso

Mas deixaste-me

Sem gritos

Sem tapas

Sem adeus

Agora que não sei onde andas

A solidão

É minha companheira inseparável

E a poesia

Meu único consolo desesperado

Acho que já esqueci

Como sorrir...

Sigmar Montemor
Enviado por Sigmar Montemor em 15/07/2006
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