Falência Intrínseca!
Caminhos despersos
Amores frustrados
Coração dilacerado pelo peso
Da inocência que você roubou,
Pelo descontentamento que você deixou.
Nesse compasso descompassado
Hoje sou apenas metade de mim,
Sou a figura cruel
Com olhos de mel e lagrimas de fel.
Envolvida por tantos amores
Em vários braços
Eu busquei seguir sem lembrar
Da dor do desamor
Figura eminente que não me deixou
E ainda depois de tantos anos
Estou aqui, sozinha...
Vazia...
Você que eu não mais amo
Feliz com ela
Quanta injustiça...
Que batalha desigual é o amor
Que no meu seio enganado
Trás a dor,
E no seu peito traiçoeiro
Planta a flor.
Eu quero odiá-lo
Mais o meu eu estraçalhado
É incapaz de ao menos amaldiçoá-lo
Tu foste o primeiro,
Talvez o único,
A quem falei de amor
A essa altura eu já desacredito de tudo
O meu semblante tão alegre...
Que a todos encantam e faz ri
Já não trás em seu interior
Vestígios algum de amor.
Cafajestes vestidos
Na figura entorpecente de homens
Com migalhas de atenção
Me ensinaram a ser vazia.
Ironia estúpida da vida,
Que apenas me fez envolvida
Em braços de vidas banidas de amor
Acreditar no homem perfeito...
Talvez tenha sido esse o meu defeito
Te olhar e não te enxerga.