Falência Intrínseca!

Caminhos despersos

Amores frustrados

Coração dilacerado pelo peso

Da inocência que você roubou,

Pelo descontentamento que você deixou.

Nesse compasso descompassado

Hoje sou apenas metade de mim,

Sou a figura cruel

Com olhos de mel e lagrimas de fel.

Envolvida por tantos amores

Em vários braços

Eu busquei seguir sem lembrar

Da dor do desamor

Figura eminente que não me deixou

E ainda depois de tantos anos

Estou aqui, sozinha...

Vazia...

Você que eu não mais amo

Feliz com ela

Quanta injustiça...

Que batalha desigual é o amor

Que no meu seio enganado

Trás a dor,

E no seu peito traiçoeiro

Planta a flor.

Eu quero odiá-lo

Mais o meu eu estraçalhado

É incapaz de ao menos amaldiçoá-lo

Tu foste o primeiro,

Talvez o único,

A quem falei de amor

A essa altura eu já desacredito de tudo

O meu semblante tão alegre...

Que a todos encantam e faz ri

Já não trás em seu interior

Vestígios algum de amor.

Cafajestes vestidos

Na figura entorpecente de homens

Com migalhas de atenção

Me ensinaram a ser vazia.

Ironia estúpida da vida,

Que apenas me fez envolvida

Em braços de vidas banidas de amor

Acreditar no homem perfeito...

Talvez tenha sido esse o meu defeito

Te olhar e não te enxerga.

Vivian Bitencourt
Enviado por Vivian Bitencourt em 29/11/2009
Código do texto: T1951587
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