ESTRELAS NUAS - II
 
Ontem à noite eu briguei
com a lua, enquanto contemplava
estrelas nuas, e vi que hoje o sol não cansava
de tanto desta vida resmungar.

 
Portanto, vi que o sol
tinha lá suas razões ao querer ser
por suposto dono da situação, e que as nuvens
que por acaso encontravam-se dispersas...

 
Passavam bem depressa
ao querer por suposto ter mais algum direito
de poder tão somente amar.

 
Ah, que ingrata ilusão!...
 
Tanto sofrera esse meu coração.
Ao imaginar que tudo que ontem fizeste
fora por não aceitar essa condição de viver
 distante como hoje nós nos encontramos!