SEDENTA!
Sopra em minha face o hálito morno da saudade.
Rasteja em meu ventre tantos anseios.
Que paira sobre mim a ansiedade.
Aguardo uma palavra...
Como o sedento pela gota d’ água.
No ar o silêncio da espera.
Nuvem cinza tão nostálgica.
Um tempo adormece,
E nasce outra alvorada.
Um sussurro não é nada.
Nem um lampejo de luz...
Na escuridão da minha estrada.
Bebo e me refaço em teu cálice poesia.
Degustando os versos que brotam da minh ‘alma.
Rompendo o silêncio... O jejum dos meus dias.