Em branco
Como um anjo, apareceu
Como uma doença, destruiu
A razão dos meus dias tão sãos
Quem vive do passado
Até da dor sente falta
Cada pedaço de mim que um dia conheceu
Lembra de cada traço seu
Como um alicerce da minha felicidade
E agora, eu quero voltar
Mas a nossa cidade já foi destruída
Nosso passado já não existe mais
Pobres sonhos involuntários masoquistas
Queria tanto voltar atrás
Ter traçado meus caminhos
E deixado meu coração cantar mais
Foi tanta coisa vivida
Mas ainda havia tanta coisa a viver
E não aconteceu
Nenhum amanhecer foi mais o mesmo
Desde o fim
E dói tanto, a saudade
Mais triste do que lembrar do que se viveu
É ver o futuro
E ver somente uma página em branco nossa
Como um anjo, apareceu
Como uma doença, destruiu.
Loh Destino 20/08/09