REVOLTA
Morte fria ... abominável...
insolúvel e insolvente...
Maldita morte !
Tu me deves a vida !
Levaste o meu amor...
desdenhando o meu clamor...
Zombando da minha dor.
Dor doída... sofrida...
Tortura silenciosa e impiedosa.
Desse rumo sem volta...
Nesse monólogo de revolta....
Morte vadia ... desprezível ...
cruel e incompreensível ...
Insana e soberana ...
Tu me deves a vida !
Deixaste me lágrimas infindas...
e o pesar profundo na alma.
Tanta dor... mágoa ... torpor....
Morte infame e incoerente !
Fizeste me fraco e impotente ...
Usurpaste o meu temor...
minha crença e meu fervor.
Maldita morte ! Morte maldita !
Por que levaste o meu amor ?