SAUDADE

Presa sem ter algema

Vida que está perdida

Barco que já não rema

Nas vertentes dessa vida.

Passos bem limitados

Pés aspirando prazer

Horizontes disputados

Eu não sei o que fazer.

Correntes frias na pele

Amarras cruéis e sem dó

Temor que o corpo expele

Quando pode ficar só.

Exílio da mente pura

Angústia persiste tanto

Que aos poucos perfura

E revela meu pranto.

Noites que não tem fim

Sonhos belos,mas findos

Tudo depois do "sim",

Naqueles momentos lindos.

Grades cercam os desejos

E tiram a minha vontade

Ainda quero teus beijos

Meu amor virou saudade!!!

Noemi Prates
Enviado por Noemi Prates em 18/08/2006
Reeditado em 19/08/2006
Código do texto: T219337